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Desbravar horizontes para sonhar novas realidades

No Mês Pride, convidamos você a ler o artigo do Victor, que faz parte do Grupo Outforce, em nosso blog. Ele traz uma profunda reflexão sobre o surgimento do Mês do Orgulho, os avanços e o que ainda precisa ser feito!

Transformar medo em coragem, preconceito em orgulho, sonho em realidade. A comunidade LGBTQIAPN+ tem sua história marcada pela discriminação e violências, e, dado este cenário, sempre foi incansavelmente corajosa para que, com ações diárias, trilhasse seu caminho na construção de respeito, segurança, acesso a oportunidades e dignidade. 

O Dia do Orgulho LGBTQIAPN+ é uma celebração anual que ocorre no dia 28 de junho e representa um marco importante na história dos direitos e da visibilidade da comunidade no mundo inteiro. Essa data foi criada para lembrar e honrar os eventos ocorridos na noite de 27 para 28 de junho de 1969, no bar Stonewall Inn, em Nova York.

Naquela época, a homossexualidade, e qualquer forma de expressão de gênero fora do padrão, eram amplamente reprimidas e consideradas ilegais nos Estados Unidos. A polícia frequentemente realizava batidas em bares frequentados por pessoas LGBTQIAPN+, a fim de prender e intimidar aqueles que não se encaixavam nas normas sociais. No entanto, naquela fatídica noite, a história se fez diferente. 

Stonewall Inn: o marco da resistência

O Stonewall Inn era um dos poucos locais em Nova York onde pessoas da comunidade podiam se encontrar, dançar e se expressar livremente, apesar das constantes ameaças e agressões policiais. Naquela noite, quando a polícia invadiu o bar, as pessoas presentes, em vez de recuar, decidiu se unir e lutar contra a opressão.

Enfrentar a polícia naquela ocasião simbolizou não só o descontentamento com o episódio de maneira isolada, mas um acúmulo de todas as marcas físicas e psicológicas deixadas por anos de exclusão, discriminação e julgamento de suas existências. Até aquela data, o direito de vida e de livre expressão para essa população não era assegurado. Portanto, naquele momento, a discussão era ainda basal: a possibilidade de seguir com vida sendo quem é.

Marsha P. Johnson: a figura central da resistência

Marsha P. Johnson, uma mulher negra transgênero e ativista pelos direitos LGBTQIAPN+, foi uma das figuras centrais nesse movimento de resistência. Ela foi uma das primeiras a se levantar contra a polícia naquela noite, batendo de frente com as forças de autoridade com coragem e determinação. Marsha se tornou um símbolo de resistência e empoderamento para a comunidade, lutando incansavelmente por seus direitos e pela justiça ao longo de sua vida.

Os protestos em resposta à invasão policial no Stonewall Inn se estenderam por vários dias, envolvendo uma ampla gama de pessoas LGBTQIAPN+ e pessoal aliadas. Este levante foi um catalisador para o movimento de libertação da comunidade, gerando um despertar coletivo para a luta pelos direitos civis e pela igualdade. 

O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+: celebrando a coragem e os direitos civis

Em anos subsequentes, o aniversário desses eventos passou a ser celebrado como o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+. A data serve como um lembrete dos desafios enfrentados pela comunidade e como uma homenagem à coragem daqueles que se levantaram contra a opressão. Lembrar as pessoas que estiveram à frente do movimento é de extrema importância para reiterar que os direitos que temos hoje não vieram por acaso, foram conquistados com muito esforço e luta.

Avanços e desafios: o caminho para a igualdade LGBTQIAPN+

Vale destacar que, embora tenhamos alcançado avanços significativos nos direitos LGBTQIAPN+ desde os acontecimentos de Stonewall, ainda há muito trabalho a ser feito. O Dia do Orgulho continua sendo uma oportunidade para reafirmar o compromisso com a igualdade, combater a discriminação e buscar uma sociedade mais inclusiva e justa para todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual, identidade de gênero ou expressão de gênero. 

Stonewall no Brasil: inspiração e luta por direitos

No Brasil, o reflexo de Stonewall foi sentido de maneira diferente, mas igualmente importante. Apesar de o evento em si não ter tido impacto direto no país, ele serviu de inspiração e fortaleceu a luta local por direitos LGBTQIAPN+. A partir da década de 1970, movimentos e organizações começaram a surgir no Brasil, reivindicando o fim da discriminação e da criminalização da homossexualidade.

A luta pelos direitos civis da comunidade LGBTQIAPN+ no Brasil tem avançado, mas ainda há muito a ser conquistado. O Brasil é hoje, dentre os países onde há mapeamento dos dados, o país que mais mata pessoas LGBTQIAPN+ no mundo. A garantia da igualdade de direitos, o combate à violência e a promoção do respeito são batalhas contínuas. A luta pelos direitos LGBTQIAPN+ é uma luta por direitos humanos fundamentais e pela dignidade de todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

A violência contra a comunidade LGBTQIAPN+: um chamado à ação

Pessoas aliadas desempenham um papel crucial nessa causa. São pessoas que apoiam e defendem a comunidade, mesmo não sendo parte direta dela. Podem ajudar a ampliar o alcance das vozes, combater preconceitos e estereótipos, e promover a inclusão em suas próprias comunidades. As pessoas aliadas podem educar-se sobre as questões LGBTQIAPN+, questionar comportamentos discriminatórios e apoiar iniciativas e organizações que lutam pelos direitos da comunidade.

Portanto, a construção de um mundo mais inclusivo, igualitário e seguro para todas as pessoas é uma tarefa coletiva, que precisa ser pensada e colocada na prática cotidiana. Por isso, mais do que apenas apresentar, nós sugerimos algumas reflexões para essa data: 

  • Quantas pessoas trans e travestis você, pessoa leitora, têm no seu ciclo social? Se a resposta for nenhuma, qual fator imagina ser o causador desse cenário? 
  • Quantas pessoas LGBTQIAPN+ você viu em cargos de liderança no seu trabalho?  
  • Como você hoje poderia ajudar na construção de um mundo melhor para estas pessoas? 

O Grupo Outforce: promovendo diversidade e inclusão na Salesforce

Na Salesforce temos uma comunidade inclusiva, o Grupo Outforce, composto por pessoas aliadas na luta pela igualdade na orientação sexual e identidade de gênero. Consideramos uma grande oportunidade de destacar as vozes e experiências do vibrante coletivo LGBTQIAPN+ tanto dentro quanto fora da empresa.

Com o objetivo de promover o respeito, a liberdade e a igualdade, o Outforce desempenha um papel fundamental ao educar o ecossistema Salesforce sobre como a diversidade e a inclusão são elementos essenciais para o sucesso – nos negócios e na vida! Valorizando cada letra da sigla LGBTQIAPN+, o grupo reúne histórias, nomes, lugares, profissionais e, acima de tudo, pessoas.  

Através dessa comunidade, a Salesforce reafirma seu compromisso em criar uma cultura aberta, instrutiva e acolhedora, onde todas as pessoas se sintam empoderadas para serem autênticas em seu ambiente de trabalho. O Outforce é um símbolo de orgulho e celebração da diversidade e inclusão!

Vamos mudar o mundo? Para começar essa mudança precisamos do primeiro passo. 

Salesforce Brasil

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