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Metaverso: Guia sobre o mundo virtual e impactos da IA

Afinal, o que é o metaverso? O metaverso se caracteriza como um mundo digital e coletivo. Em outras palavras, ele é um ambiente online que oferece imersão, interação com outros usuários e  criação e controle sobre avatares. A ideia une elementos de realidade virtual (VR), augmented reality (AR) e até reflexos do mundo físico, oferecendo espaço para socialização, trabalho, lazer e entretenimento em um contexto virtual.

Vale ressaltar que o conceito de metaverso não é completamente inédito. Na verdade, ele tem um histórico que inicia em 2021, quando a Meta (alguém lembra de quando a empresa ainda se chamava Facebook?) anunciou o rebranding e introduziu seu primeiro metaverso público, o Horizon Worlds.

Mas o que realmente significa estar “no metaverso”? Uma coisa é certa: o metaverso é mais do que um modismo tecnológico. Trata-se, na verdade, de uma plataforma que, segundo estimativas recentes da Metaverse Market, já movimenta globalmente mais de 100 bilhões de dólares ao ano e tem potencial para atingir algo em torno de 1 trilhão de dólares nas próximas décadas. 

Agora, como isso afeta o seu negócio e o uso da IA Generativa no mercado mundial? Bem, é certo que o metaverso pode abrir novas frentes de interação com clientes, branding imersivo e experiências digitais – mas exige visão estratégica, entendimento do público-alvo e adaptação constante. Este artigo vai ajudar você a avaliar se vale a pena entrar nesse universo.

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O que é o Metaverso?

O metaverso pode ser entendido como um grande ecossistema digital no qual ambientes tridimensionais simulam aspectos da vida real. Para acessar essa ambiência, os usuários conectados utilizam tecnologias como RAG (realidade virtual), realidade aumentada e conexão à internet, o que lhes permite viver experiências interativas por meio de avatares pessoais. Conversar, participar de jogos, adquirir produtos digitais e circular por diferentes mundos virtuais são apenas algumas das possibilidades.

Portanto, a imersão é um dos pilares desse conceito. Mais do que observar a tela, a proposta é que a pessoa se sinta realmente inserida no ambiente digital, algo viabilizado principalmente por dispositivos como óculos de realidade virtual, que ocupam o campo de visão e dão a sensação de presença.

O rebranding da Meta e o anúncio do metaverso público (além da semelhança do nome), fez com que muitos acreditassem que a empresa seria “proprietária” do metaverso, ainda que plataformas anteriores, como o Decentraland e o Sandbox, já existissem e continuem sendo referências importantes para esse tipo de mundo compartilhado. 

A história do conceito “metaverso” nasceu ainda nos anos 90. Em 1992, mais especificamente, o escritor Neal Stephenson o usou no seu romance Snow Crash, no qual descrevia um vasto universo virtual onde o protagonista assumia uma identidade completamente diferente. Essa visão futurista inspirou diversos projetos posteriores, entre eles o Second Life, que marcou época ao propor vidas paralelas no ambiente digital.

Entre os metaversos contemporâneos, um dos mais comentados é o Horizon Worlds, esse sim de propriedade da própria Meta. A plataforma funciona especialmente em conjunto com o headset Meta Quest (antes conhecido como Oculus). Apesar de sua popularidade entre profissionais de tecnologia e marketing, trata-se de uma das iniciativas mais recentes nesse campo. Desde 2022, a empresa vem experimentando formas de permitir que criadores comercializem itens e experiências dentro do ambiente.

O modelo da Meta, entretanto, possui uma particularidade: é um metaverso centralizado. Isso significa que a companhia controla regras, conteúdos permitidos e até a permanência dos usuários. Essa abordagem contrasta com os metaversos descentralizados, cujas estruturas costumam ser abertas e geridas por comunidades de desenvolvedores e participantes, oferecendo mais liberdade e menos restrições.

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Meta História: Como surgiu o Metaverso?

1992 — Origem do termo

  • Neal Stephenson publica o romance Snow Crash e introduz a palavra metaverso, descrevendo um vasto mundo virtual acessado por avatares.

1995–2000 — Primeiros experimentos virtuais

  • Surgem mundos 3D rudimentares e jogos online massivos (MMOs), que começam a aproximar a ideia de espaços digitais compartilhados.

2003 — Lançamento do Second Life

  • A Linden Lab lança o Second Life, um dos primeiros universos virtuais amplamente conhecidos, permitindo a criação de avatares, propriedades digitais e economia interna.

2006–2010 — Crescimento das plataformas interativas

  • Jogos como Roblox (2006) e Minecraft (2011 beta / 2012 lançamento oficial) ampliam a noção de mundos virtuais colaborativos.

2012 — Avanço da realidade virtual moderna

  • A Oculus VR é fundada e impulsiona o desenvolvimento dos headsets de VR de uso comercial, aproximando a tecnologia da visão do metaverso.

2014 — Facebook entra no jogo

  • O Facebook compra a Oculus VR, sinalizando interesse direto em experiências imersivas.

2017 — Popularização dos mundos descentralizados

  • Plataformas como Decentraland e The Sandbox iniciam projetos com base em blockchain, criando economias virtuais descentralizadas.

2020 — Explosão dos eventos virtuais

  • A pandemia acelera o uso de ambientes digitais. Shows, reuniões e experiências sociais passam a ocorrer em plataformas como Fortnite e VRChat.

2021 — O ano do “boom do metaverso”

  • O Facebook muda o nome para Meta, reforçando o foco em construir seu próprio metaverso.
  • Lançamento global do Horizon Worlds.
  • A expressão “metaverso” vira tendência mundial em tecnologia e negócios.

2022 — Avanço das economias digitais

  • Meta inicia testes para permitir a venda de itens virtuais dentro do Horizon Worlds.
  • Mundos descentralizados atingem picos de valorização e interesse ligados a NFTs.

2023 — Consolidação e desafios

  • Interesse corporativo diminui com a desaceleração dos investimentos e o foco crescente em IA generativa.
  • Plataformas começam a se reposicionar, buscando maior utilidade prática (educação, trabalho remoto, treinamentos).

2024–2025 — Nova fase do metaverso

  • Tecnologias emergentes de IA + VR tornam as experiências mais realistas e personalizadas.
  • Grandes players voltam a investir em aplicações profissionais: medicina, engenharia, simulações, design e educação.
  • A interoperabilidade começa a ser discutida com mais força, aproximando mundos antes isolados.

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Como funciona o Metaverso?

No ambiente do metaverso, os usuários atuam por meio de avatares e interagem entre si, com objetos digitais e com sistemas automatizados. O seu funcionamento depende da combinação de várias tecnologias avançadas, incluindo Realidade Virtual (VR), Realidade Aumentada (AR), Inteligência Artificial (IA), redes de alta velocidade (como 5G), blockchain e ativos digitais. A seguir, estão os componentes que estruturam esse ambiente.

1. Tecnologias de imersão: VR e AR

A imersão é garantida principalmente por duas tecnologias:

  • Realidade Virtual (VR): utiliza dispositivos como headsets de VR para inserir o usuário em ambientes totalmente simulados, com visão e movimentos acompanhados por sensores.
  • Realidade Aumentada (AR): projeta elementos digitais sobre o cenário físico, permitindo interação simultânea entre objetos reais e conteúdos virtuais.

Essas tecnologias fornecem a base sensorial necessária para que o ambiente seja percebido como tridimensional, contínuo e responsivo.

2. Interação entre usuário e ambiente

A participação no metaverso ocorre por meio de avatares digitais, que funcionam como extensões virtuais dos usuários. Esses avatares podem socializar, circular, participar de atividades profissionais e realizar transações.

Plataformas como Second Life, Roblox e Fortnite mostram como interações síncronas ocorrem em ambientes compartilhados. Além disso, o conceito de interoperabilidade permite que itens virtuais – como roupas digitais ou objetos adquiridos em um jogo – sejam utilizados em outros mundos virtuais, conectando diferentes plataformas.

3. Inteligência Artificial e análise de dados

A IA é responsável por grande parte da dinâmica operacional do metaverso. Ela:

  • gera ambientes mais realistas e responsivos;
  • personaliza experiências individuais;
  • controla NPCs capazes de interagir de forma natural;
  • utiliza big data para adaptar conteúdos às preferências dos usuários.

Esse conjunto de tecnologias torna o ecossistema mais fluido, autônomo e adaptável.

4. Infraestrutura de rede

Para que todas as interações ocorram sem atrasos perceptíveis, o metaverso requer conexões de alta velocidade e baixa latência, especialmente viabilizadas por redes 5G. A troca rápida de dados é essencial para manter a sensação de presença e continuidade nas interações.

O metaverso é o resultado da integração de múltiplas tecnologias que, em conjunto, permitem criar ambientes virtuais expansíveis, interativos e economicamente ativos. Embora ainda esteja em evolução, já demonstra potencial para transformar modelos de trabalho, socialização e negócios em escala global.

Precisa usar óculos de VR para acessar o metaverso? 

O óculos de Realidade Virtual não é obrigatório, apesar de ampliar significativamente a sensação de imersão. O metaverso pode ser acessado via computador, smartphone ou tablet, dependendo da plataforma utilizada.

Quando os óculos VR são vantajosos

  • Imersão total: ampliam a percepção de presença no ambiente virtual.
  • Jogos e simulações complexas: são ideais para experiências que demandam profundidade 3D e alta interação.

Quando é possível acessar sem VR

  • Plataformas web: muitos mundos virtuais funcionam diretamente no navegador.
  • Interações mais simples: ambientes como Second Life ou Roblox exigem apenas um computador convencional.

Em resumo, os headsets VR melhoram a experiência, mas são opcionais. O usuário pode interagir e navegar pelo metaverso mesmo sem dispositivos de imersão.

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Desafios do Metaverso

Apesar do interesse crescente, utilizar o metaverso como espaço cotidiano de trabalho ou entretenimento ainda não é uma realidade para a maior parte das pessoas. Isso se deve a vários fatores, principalmente relacionados à infraestrutura necessária para acessar esses ambientes.

  • O primeiro obstáculo é o custo dos dispositivos de imersão, como headsets de VR e outros equipamentos complementares, que ainda apresentam valores elevados para o consumidor comum. Além disso, a experiência só é plenamente funcional quando há conectividade de alta velocidade, o que limita o acesso em regiões com internet instável ou de baixa qualidade.
  • Outro ponto sensível é a segurança e a privacidade dos dados. Há receio quanto ao tratamento das informações pessoais coletadas por grandes empresas do setor –  como Meta ou Microsoft – que já detêm volumes significativos de dados e, com o metaverso, podem ampliar ainda mais esse nível de monitoramento.

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FAQ: principais dúvidas sobre metaverso

O metaverso é um ambiente digital tridimensional e interativo que integra elementos virtuais e reais. Nele, usuários utilizam avatares para explorar espaços, socializar, trabalhar, jogar e consumir conteúdos digitais.

A construção desses ambientes depende da combinação de Realidade Virtual (VR), Realidade Aumentada (AR), Inteligência Artificial (IA), computação em nuvem, redes de alta velocidade (como 5G) e blockchain.

As possibilidades incluem participar de reuniões, eventos e jogos; adquirir ativos digitais; criar ambientes ou objetos virtuais; interagir com outras pessoas; e consumir experiências imersivas criadas por empresas ou usuários.

Sim. Embora dispositivos de VR aumentem a imersão, muitos ambientes do metaverso podem ser acessados por computadores, smartphones e navegadores, sem a necessidade de equipamentos especializados.

Os principais entraves envolvem alto custo de hardware, necessidade de conexões rápidas, falta de padronização entre plataformas, pouca interoperabilidade e preocupações com segurança e privacidade de dados.

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O que você achou de saber mais sobre metaverso? 

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Bom trabalho e até a próxima!