O Modelo Flywheel é um novo conceito para o Marketing. Na literalidade do termo, flywheel significa volante – o que nos passa diretamente a ideia de algo que irá “dirigir” ou “direcionar” a energia do atrito para que a máquina operacional e estratégica, de fato, ande.
A filosofia foi inventada a partir da ideia da máquina a vapor, criada por James Watt no século XVIII (e que mudaria totalmente o conceito de produtividade para sempre). Assim, sendo o flywheel “original” a roda do volante, um mecanismo que guarda e libera energia para manter um motor a vapor funcionando, podemos entender que o Modelo Flywheel se debruça sobre como o entrelaçamento entre o setor de Vendas e Marketing pode fazer os clientes crescerem.
A seguir, vamos falar mais sobre essa metodologia e como ela pode ser usada para impulsionar os resultados – gerando clientes satisfeitos e contribuindo para um Customer Success competitivo. Abaixo, você confere os tópicos abordados neste conteúdo. Boa leitura!
O que teremos pela frente:
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O que é o Modelo Flywheel?
O conceito de flywheel, que também é conhecido como volante de inércia, nasceu na engenharia. Uma vez em movimento, mantém seu giro com cada vez menos esforço. No entanto, a ideia foi adaptada ao mundo corporativo no livro Good to Great, de Jim Collins, de 2001.
No contexto empresarial, o modelo flywheel oferece uma metáfora poderosa para o crescimento sustentável. Em vez de tratar o cliente como um simples destino final, o flywheel reposiciona o cliente como parte essencial do motor de crescimento. A experiência do cliente deixa de ser um detalhe e passa a ser o combustível que mantém a engrenagem girando.
Diferente de abordagens tradicionais, como o funil de vendas, que trata a conversão como um ponto de chegada, o flywheel propõe um sistema contínuo, onde a satisfação do cliente traz novas oportunidades por meio de indicações, recompra e fidelização. A cada giro, mais energia é acumulada, e o negócio ganha tração.
Empresas que adotam o modelo flywheel tomam decisões estratégicas diferentes: investem mais em alinhamento interno, na entrega de valor constante e em criar experiências memoráveis. Com isso, Marketing, Vendas e Atendimento deixam de ser áreas isoladas e se tornam partes interdependentes de uma engrenagem única.
Vale destacar: o flywheel não é uma jogada de marketing nem um modismo corporativo. É uma mudança de mentalidade. Enxergar seu negócio como um flywheel é entender que o crescimento não depende apenas de grandes campanhas ou de novas aquisições, mas da capacidade de manter o impulso e aproveitar a energia que já foi colocada em movimento.
Antes de explorar como aplicar o flywheel no seu negócio, é importante entender como esse mecanismo funciona na prática e por que ele tem transformado a forma como empresas crescem de maneira inteligente e duradoura.
Quer se aprofundar no que é funil de vendas, tema central da metodologia flywheel? Então confira a fala de Marcelo Mazzotti, Gerente de Vendas Sênior da Salesforce:
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Qual é a relação do Modelo Flywheel e do Marketing?
O modelo flywheel vem ganhando destaque por representar uma mudança radical na forma como as empresas pensam sobre o relacionamento com seus clientes. Diferente do antigo funil, que guia o consumidor por uma jornada linear até o fechamento da compra, o flywheel propõe uma abordagem circular, contínua e centrada na experiência do cliente.
Nesse contexto, o marketing deixa de ser apenas um meio de atrair leads e converter vendas. Ele se transforma em uma força essencial para manter o flywheel girando. O ciclo envolve três fases principais:
- atração,
- encantamento e
- engajamento
Todas igualmente importantes para gerar impulso e manter o crescimento do negócio de forma sustentável.
O encantamento acontece quando a empresa entrega valor real e experiências memoráveis, indo além da expectativa do cliente. Não basta satisfazer – é preciso surpreender. Já o engajamento contínuo se dá por meio de interações relevantes e personalizadas, mantendo o cliente envolvido, ouvido e bem atendido, mesmo após a compra.
Dessa forma, o marketing no modelo flywheel se estende ao pós-venda, ajudando a transformar clientes em promotores da marca e, de quebra, aumentar os índices de NPS. Esse efeito gera um ciclo virtuoso: clientes encantados compartilham suas experiências, atraem novos clientes e reforçam a reputação da empresa de forma orgânica.
Essa lógica está totalmente alinhada com a filosofia do Inbound Marketing, que prioriza a atração natural do público certo, com conteúdo relevante e soluções pensadas para o momento do cliente. Em oposição ao modelo tradicional de Outbound, onde a empresa “empurra” sua mensagem, o Inbound combinado ao flywheel cria um ecossistema sustentável, onde cada cliente se torna uma peça-chave na força motriz do crescimento.
Em resumo, a verdadeira força do flywheel no Marketing está em transformar cada interação em uma oportunidade de gerar mais impulso. Quando bem implementado, esse modelo reduz atrito, aumenta a retenção e transforma marketing, vendas e atendimento em uma engrenagem unificada – customer centric, e não apenas na transação.
Para saber ainda mais sobre os detalhes e o funcionamento do Inbound Marketing, confira a fala de Henrique Sá, Field Digital Analyst aqui na Salesforce:
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Qual é a relação do Modelo Flywheel e do Funil de Vendas?
O funil de vendas, modelo clássico no Marketing e nas estratégias de vendas, representa a jornada do cliente como um processo linear: atrair, converter e fechar. Nesse modelo, o foco principal está em transformar leads em clientes, muitas vezes com esforços concentrados apenas na fase de aquisição. O problema é que, após a venda, o cliente geralmente deixa de ser o centro da atenção — o que pode gerar perda de valor e oportunidades de crescimento a longo prazo.
O modelo flywheel surge como uma evolução dessa lógica. Portanto, clientes que ingressam na metodologia e são satisfeitos alimentam o ciclo com feedbacks, indicações e recompra, tornando-se força propulsora para novos negócios. Assim, o flywheel valoriza a retenção e a lealdade.
Enquanto o funil de vendas tem um ponto de chegada (a venda), o flywheel tem um movimento constante, onde cada interação contribui para o crescimento do negócio. Isso não significa que o funil está obsoleto — pelo contrário! Ele ainda é a metodologia mais usada para marcas e empresas que desejam mapear a jornada do cliente.
Dessa forma, a verdadeira vantagem do modelo flywheel está na sua capacidade de reduzir o atrito entre as áreas da empresa. Marketing, vendas e atendimento deixam de operar de forma dispersa e passam a atuar de forma integrada. Com isso, a empresa deixa de “reiniciar do zero” a cada novo lead e começa a construir um motor de crescimento constante, movido por relacionamentos duradouros, experiências positivas e recomendações espontâneas.
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Como o Modelo Flywheel efetivamente funciona?
O modelo flywheel funciona baseado no princípio da inércia e da geração de impulso. Mas calma, isso não é uma aula de física. O que queremos dizer é que, tal qual o volante da inércia, a metodologia flywheel armazena energia e continua girando com menos esforço após um impulso inicial.
Em outras palavras, o flywheel corporativo funciona com base na acumulação de força a partir de interações bem-sucedidas com o cliente. Cada ação que reduz atrito (fricção) ou aumenta a satisfação do cliente contribui para gerar momentum – o impulso necessário para manter o ciclo girando. Quanto mais fluida for a jornada do cliente e mais valor for entregue em cada ponto de contato, mais rápido e eficientemente o flywheel gira.
A energia do sistema vem principalmente dos clientes satisfeitos, que se tornam promotores da marca, gerando indicações, reviews positivos e vendas recorrentes. Ao transformar esses clientes em uma fonte de crescimento orgânico, o flywheel se diferencia de modelos baseados unicamente na aquisição, pois não depende de investimentos lineares crescentes em Marketing ou vendas para gerar receita proporcional.
Conhecendo a estrutura do Flywheel: detalhando a atração, o encantamento e o engajamento
Como já vimos, o funcionamento técnico do flywheel é estruturado em três grandes áreas:
- Atração: envolve estratégias para atrair o público-alvo certo por meio de conteúdo relevante, SEO, redes sociais, campanhas segmentadas e outras iniciativas inbound. O objetivo aqui é gerar valor antes mesmo da conversão, educando e nutrindo o interesse do cliente ideal.
- Encantamento: refere-se à criação de experiências memoráveis ao longo da jornada do cliente — antes, durante e principalmente após a venda. Isso inclui suporte eficiente, entrega acima das expectativas, automação personalizada, e soluções proativas. Encantar é ir além da satisfação básica.
- Engajamento: representa a manutenção do relacionamento após a conversão. Isso envolve comunicação contínua, programas de fidelidade, upselling e cross-selling éticos, além de canais abertos para ouvir o cliente. O engajamento fortalece o vínculo e transforma o cliente em defensor da marca.
Redução de atrito e alinhamento organizacional no Modelo Flywheel
Um aspecto crítico do funcionamento do flywheel é a redução do atrito ou qualquer ponto de resistência que dificulte a experiência do cliente ou a colaboração interna. Processos desalinhados, sistemas desconectados, atendimento ineficiente, estratégias ou planejamento de marketing incoerentes com a realidade do produto geram perda de energia no sistema.
Sendo assim, empresas que adotam o flywheel investem em tecnologias que promovem a automação inteligente, analytics integrados e CRMs que permitam processos colaborativos, como é o caso do CRM da Salesforce. Essas ferramentas permitem identificar gargalos, medir o desempenho em tempo real e ajustar estratégias de forma ágil, maximizando o retorno das interações com o cliente.
Por fim, vale afirmar que, em um cenário onde o custo de aquisição de clientes (CAC) está cada vez mais alto e o comportamento do consumidor exige autenticidade, o flywheel oferece uma alternativa estratégica eficiente e centrada no longo prazo.
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FAQ: principais perguntas o Modelo Flywheel
O que é o Modelo Flywheel?
Em termos básicos, o Modelo Flywheel é uma abordagem de crescimento empresarial baseada em um ciclo contínuo de atração, encantamento e engajamento do cliente. Diferente do funil de vendas linear, ele coloca o cliente no centro da estratégia. O impulso gerado por clientes satisfeitos alimenta novas oportunidades. Quanto mais valor entregue, mais o flywheel gira e impulsiona o crescimento.
O que o Modelo Flywheel faz?
O Modelo Flywheel impulsiona o crescimento sustentável ao transformar a experiência do cliente em motor de geração de valor. Ele aproveita cada interação positiva para criar fidelização, indicações e novas vendas. Ao reduzir atritos e integrar áreas, mantém o ciclo sempre ativo. Assim, o negócio ganha tração contínua e escalável.
O que é o Flywheel no Marketing?
O Flywheel no Marketing é uma estratégia centrada no cliente que gera crescimento contínuo por meio da atração, encantamento e engajamento. Diferente do funil, ele valoriza o pós-venda e a fidelização como fontes de impulso. Clientes satisfeitos se tornam promotores da marca. Isso cria um ciclo orgânico de novas oportunidades e retenção.
O que você achou de saber mais sobre o Modelo Flywheel?
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